Valor e pós crítica
Valor e Pós-Crítica
O texto tem início com o questionamento de qual é o critério de estabelecimento dos valores estéticos universais, como é definido aquilo que é universal ou não. O filtro que define o que é “alta literatura” e, por conseguinte, o valor estético é configurado a partir dos valores ideológicos de uma comunidade pretendida como crítica e engajada na discussão dos próprios interesses. Já por outro prisma o universal parte do pressuposto da servidão, aquilo que é conveniente para o capital global. Fiquei confuso sobre esse tópico. (p.145)
O teórico Jan Mukarovsky discute a ideia de que os valores estéticos universais são definidos em si mesmo e por isso são preenchidos pelas transformações do próprio meio, ou seja, aquilo que é universal vai depender dos elementos encontrados nele mesmo e no ambiente em que é produzido. (p.146)
Os valores estéticos não tem lugar cativo, mas são disseminados em vários campos de produção para que o artista busque o que precisa no momento em que precisa e tenha autoridade de autenticar o trabalho fazendo uso desses valores subjetivos que estão espalhados pelos espaços de representação social. (p.147)
Podemos encarar o valor de um objeto a partir daquilo que ele não é, ou seja, a análise da estética deve partir da anestética (não estética); o que ele é não é (anestético) define o valor estético dele. A questão de W. Benjamin no que concerne a aura da obra, quanto mais distante, mais sagrada, a medida que ela é aproximada, a partir da reprodução ela perde a aura; penso que uma definição de estética seria esta.. (p.147)
O estético tem suas configurações no que ele representa, mas para isso não precisa ser original, aquilo que é tem a representação das estéticas passadas e por isso faz as vezes do estético, pelo que representa e não pelo que ele não consegue ser. É uma eterna busca de reinterpretações e ao mesmo tempo rupturas. (p.148)
A obra de arte é reinterpretação e não originalidade,