inconsciente
Freud distinguiu três níveis de consciência, na sua inicial divisão topográfica da mente: Consciente, Pré-Consciente e Inconsciente. Segundo Freud, o consciente é somente uma pequena parte da mente, incluindo tudo do que estamos cientes num dado momento. No inconsciente estão elementos instintivos não acessíveis à consciência, há também material que foi excluído da consciência, censurado e reprimido. Este material não é esquecido nem perdido mas não é permitido ser lembrado. O pensamento ou a memória ainda afetam a consciência, mas apenas indiretamente. Memórias muito antigas quando liberadas à consciência, podem mostrar que não perderam nada de sua força emocional. Assim sendo, para Freud a maior parte da consciência é inconsciente. Ali estão os principais determinantes da personalidade, as fontes da energia psíquica, as pulsões e os instintos. O pré-consciente relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência. Quando sua preocupação se virou para a forma como se dava o processo da repressão, passou a adotar os conceitos de id, ego e superego.
*Id: fonte de energia psíquica e o aspecto da personalidade relacionado aos instintos.
**Ego: aspecto racional da personalidade responsável pelo controle dos instintos.
***Superego: o aspecto moral da personalidade, produto da internalização dos valores e padrões recebidos dos pais e da sociedade.
Como Freud elaborou a teoria
A perspectiva psicanalítica de Freud surgiu no início do século XX, dando especial importância às forças inconscientes que motivam o comportamento humano. Freud, baseado na sua experiência clínica, acreditava que a fonte das perturbações emocionais residia nas experiências traumáticas reprimidas nos primeiros anos de vida. Desta forma, assumia que os conteúdos inconscientes, apenas se encontravam disponíveis para a consciência, de forma disfarçada (através de sonhos e lapsos de linguagem, por exemplo).