rebelião dos excluídos
Quatro intelectuais discutem a natureza dos rolezinhos, analisam a resposta do Estado e da sociedade e até onde o movimento pode chegar
MARÍA MARTÍN / TALITA BEDINELLI São Paulo 14 JAN 2014 - 19:55 BRST
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Policiais abordam jovens no shopping Metrô Itaquera. / ROBSON VENTURA/FOLHAPRESS
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Depois da série de protestos sociais iniciada em junho do ano passado, um novo fenômeno social começa a se desenhar no Brasil. Osrolezinhos começaram a ganhar a atenção quando no último 7 de dezembro cerca de 6.000 jovens se reuniram por meio das redes sociais no shopping Metrô Itaquera, na zona leste de São Paulo, uma das regiões mais pobres da cidade.
O grupo, maioria de pretos e pardos, compareceu ao centro de consumo que se auto-define como um “empreendimento alvo da nova classe média”, vestindo seus bonés e bermudas e ouvindo seus funks. Desde aquele dia, ao menos mais quatro rolezinhos, identificados pela polícia como tumultos, repetiram-se em diferentes shoppings da Grande São Paulo com casos de roubo isolados. Em todos, causaram pânico entre lojistas e compradores.
O Brasil coleciona histórias de discriminação em seus centros de consumo. No último mês de dezembro, um músico cubano negro ganhou uma indenização de 6.700 reais porque a Justiça considerou que ele foi vítima de preconceito ao ser abordado e levado para uma sala por seguranças no Shopping Cidade Jardim, o mais luxuoso da cidade, onde ele faria um show. Em 2000, um grupo de