Cultura e contracultura nos anos 60
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"Duas outras palavras revelam também o espírito dessa década: contestação e rebelião. Os inconformados com o mundo em que vivem estiveram em todos os segmentos sociais e em todos os cantos do planeta, não só na Ásia e na África ou na América Latina. Mas, talvez, nenhuma contestação tenha sido tão extraordinária quanto aquelas realizadas pela juventude. Ao lado dos hippies e dos jovens envolvidos em outras manifestações na chamada contracultura, explodia a rebelião dos universitários engajados nos movimentos estudantis. Pacíficos ou violentos, os jovens contestavam todas as estruturas: a capitalista e a socialista. O que não unia todos eles" (PAES:1992, 20). Mas contra o que essas pessoas estavam rebelando? Quais eram os padrões? O que os anos 50 trouxeram à ordem, ou, dito de outro modo: o que os anos 60 resolveram quebrar? A cultura, o modo de vida " burguês", a moral e os bons costumes, o encontro com a ordem estabelecida? O desejo de possuir, de consumir, a concentração de poderes em um só gênero ou em um só segmento social? O certo e o errado na forma de pensar e representar o mundo? Tudo isso será combinado nos anos 60, que foram chamados de Anos Rebeldes. Nascia uma geração de jovens questionadores da ordem: o que era certo e considerado de bom tom passou a ser criticado, como trabalho, casamento, virgindade, opiniões fechadas sobre o que esperar da vida e do mundo... Os jovens iam pras ruas pedir mais democratização, mais participação política, mais qualidade na educação e mais oportunidades de mudança para a construção de uma ova ordem. Aos jovens juntaram-se negros, mulheres e todos aqueles que se sentiam excluídos das decisões políticas. Nascia hoje o que chamamos de