Reação Anti Marxista
1. O FASCISMO E SUA DOUTRINA
O fascismo italiano foi uma notável tentativa de se reformar as bases do Estado moderno, apresentado como movimento de dupla reação, contra a desintegração socioeconômica do liberalismo e contra a infiltração do comunismo internacionalista. Revelou posição intermediária entre o coletivismo e o individualismo, com a concepção de que o Estado é a união de grupos ou corporações.
De cunho nacionalista, caracterizou-se com formas do velho cesarismo romano, a fim de restabelecer a glória de tal império. Com ideias mais radicais que o bonapartismo, baseou-se na teoria do poder absoluto, seguindo a fórmula do “Leviatã” de Hobbes. Antecessor ao nazismo, tomou por fonte também a filosofia alemã, na tentativa de produção de uma ideologia própria, um sistema específico, com uma teoria original de soberania e justificação do Estado.
Surgido do oportunismo, isento de doutrina, após consolidado no poder, teorizou um sistema peculiar, em que o Estado é criador exclusivo do direito e da moral, em que os homens só possui o direito que lhes é concedido pelo Estado, Estado este que se personifica do partido fascista, que não possui limites morais ou materiais, todos os cidadãos e seus bens lhe pertencem, opositores são considerados traidores.Para o fascismo, nação não é elemento integrante do Estado, mas sim criada por ele, cabendo então ao Estado dar ao povo uma vontade, uma existência afetiva. O Estado é absoluto, seus indivíduos e grupos são relativos.
O fascismo condenou o liberalismo e o socialismo marxista, objetivava o fim da luta de classes. O corporativismo mussoliniano tinha raízes nas corporações medievais, em que se permitia rígido controle partidário, uma vez que as corporações eram órgãos do partido único, em que não se poderia desenvolver quaisquer atividades sem prévia autorização corporativa. O sistema corporativo fascista foi idealizado e posto em prática no período de adaptação e consolidação da