REALISMO E LIBERALISMO
Pontos-chave
// Pessimismo em relação à natureza humana;
// Relações Internacionais são conflituosas e a guerra é o único jeito de resolver os conflitos;
// Apreciação pela segurança nacional e pela sobrevivência estatal.
Aplicação
A política mundial se desenvolve em uma anarquia internacional, em que não há uma autoridade dominante ou um governo mundial. Por isso, os Estados devem ter como principal objetivo estratégico a segurança nacional e a sua sobrevivência. O interesse nacional é o cerne para a atuação externa dos Estados. Como o cenário internacional é composto pela desconfiança entre os países, quaisquer acordos internacionais são provisórios e condicionados aos interesses particulares, os quais são cumpridos somente com a vontade e a disposição dos Estados.
Clássicos x Neorrealistas
Os clássicos são representados por Tucídides, Maquiavel, Hobbes e Morgenthau. Todos esses autores veem no cenário internacional a anarquia e a desconfiança, cuja principal atitude estatal se pauta na segurança e na sobrevivência, sendo a guerra a principal ferramenta para atingir os seus objetivos. Um conceito eminente é o da Balança de Poder, que é um valor básico, um objetivo legítimo e uma orientação para o estadismo responsável dos líderes mundiais. A Balança é desejável, deve ser mantida e que impede o domínio de uma potência hegemônica. Para Morgenthau, a política é uma esfera de ação e não pode ser reduzida à economia e a ética política, outro tema importante para o autor, não se deve ser confundida com a ética privada; deixe a justiça ser feita mesmo que o mundo se acabe: ‘Fiat justitia, pereat mundus’.
Os neorrealistas, que possuem uma abordagem mais científica, cujo foco se dá no sistema internacional, são representados por Kenneth Waltz, Stephen Walt e Mearsheimer. Para os neorrealistas, o sistema internacional são unidades estatais que mudam de acordo com as transformações na distribuição de capacidade entre as unidades do sistema. Dessa forma, os