REALISMO E LIBERALISMO
As premissas centrais que existem em comum entre esses três pensadores são: centralidade do poder, sobrevivência, auto-ajuda, e anarquia internacional. Em geral, os autores realistas estudam a natureza humana e a caracterizam como negativa, sendo assim essa natureza negativa refletirá também no sistema internacional. Para os realistas o ator central das R.I é o Estado, sendo ele um ator unitário e racional e tendo como função principal manter a paz dentro de suas fronteiras e garantir a segurança de seus cidadãos sobre qualquer ameaça externa. O Estado deve funcionar como uma caixa preta, ou seja, não importa o que se passa no interior do Estado, só importa as questões externas. O Estado também se encontra numa dupla realidade na qual no seu plano interno é soberano e tem o poder legítimo de tomar decisões, enquanto no plano externo encontra dificuldades para impor decisões e autenticar seu poder.
O poder para os realistas é uma característica fundamental que o Estado deve possuir, sendo ele também o único que pode garantir a sua sobrevivência, levando então o sistema internacional num estado de paranóia e desconfiança no qual o objetivo é se proteger e garantir sua legitimidade. À partir daí entra outro ponto importante da teoria realista abordado tanto por Morgenthau quanto por Waltz, que de uma maneira geral explicam o por quê dos Estados pela busca do poder. Em seu livro “Política entre as nações “ (1948), Ele cita seis princípios básicos para lidar com as R.I dizendo também que a política de um Estado pode se comportar de maneira à