Realidade sócio econômica
A República brasileira comemora seus 110 anos. Processo marcado por grandes transformações e mudanças. O Brasil, antes de ser uma República, era um Império. Porém, o imperador acabou perdendo o apoio do Exército, a conservação ideológica da Igreja e ainda sofria a oposição da elite mais rica do país (a elite cafeicultora). O acontecimento era inevitável, e em 1889 um golpe militar liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca pôs fim ao Império. O começo da Republica se traduz em uma série de fatores. Destacando o ato da escravidão e suas consequências, a guerra do Paraguai e as demais crises militares internas, o prejuízo da falta de apoio da igreja e a recusa do apoio das elites mais ricas do país (os cafeicultores) ao Estado Imperial. Foi com a República que se implantou o Federalismo, o sistema Presidencialista, a independência dos Poderes, bem como a separação do Estado da Igreja. A primeira Constituição republicana brasileira se efetivou através do movimento político-militar, derrubou o Império em 1889, e se inspirou na organização política norte-americana. A Constituição de 1891 inaugurou a orientação da República no Brasil. Foi a diretriz do período chamado como República Velha, comandada por oligarquias latifundiárias, com uma economia profundamente baseada no café e dominada pelos estados de São Paulo e Minas Gerais. O início do período republicado da história do Brasil foi marcado por vários conflitos e revoltas populares, no Rio de Janeiro o que estourou foi a Revolta da Vacina. Preocupado com esta situação, o então presidente Rodrigues Alves colocou em prática um projeto de saneamento básico e reurbanização do centro da cidade. O motivo que desencadeou a revolta foi à campanha de vacinação obrigatória, imposta pelo governo federal, contra a varíola. Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi aplicada de forma autoritária e violenta. As manifestações populares e conflitos espalham-se pelas ruas da capital