Raças Autóctones
No âmbito do curso de técnico de turismo rural e ambiental, no módulo de caraterização de atividade agrária vou falar sobre as raças autóctones.
Em Portugal existe várias raças autóctones, como por exemplo: bovinos, ovinos, caprinos, suínos e equinos. As raças autóctones de animais de quinta representam um património genético valioso, possuindo um grande potencial de valorização económica (e de conservação) se associado ao fomento de produtos tradicionais de qualidade
As diferentes raças autóctones de bovinos, ovinos, caprinos, suínos e equinos são o resultado da evolução dos animais de determinadas espécies no sentido de se adaptarem aos meios onde vivem. Quando uma população vive durante muitas gerações sob as mesmas condições ambientais consegue um elevado grau de adaptação e uniformidade, desenvolvendo-se melhor nestas condições que outras raças que provenham de outras regiões. Estes animais podem ser originários destes meios ou terem mudado para estes locais por migração, consequência de alterações fisiográficas ou por transporte pelo Homem. Algumas destas raças, que hoje consideramos autóctones, podem ter origem em cruzamentos entre raças locais que se perderam ou mesmo noutras que ainda hoje subsistem, mas que evoluíram noutro sentido.
A importância da manutenção das raças autóctones é múltipla, podendo-se salientar o seu papel nos agroecossistemas, permitindo uma utilização eficiente dos recursos disponíveis, tanto genéticos como materiais, contribuindo para a manutenção de sistemas de produção sustentáveis (nomeadamente porque utilizam subprodutos agrícolas que dificilmente teriam outro aproveitamento) e para a fixação das populações rurais. É igualmente importante do ponto de vista da conservação da diversidade genética, uma vez que cerca de metade das diferenças genéticas são únicas para cada raça e a outra metade é comum a todas as raças da mesma espécie.
As taxas de empobrecimento globais em termos de