rawls
Se o utilitarismo visa ao bem-estar da sociedade como um todo, em detrimento do bem-estar geral de cada indivíduo, a teoria da justiça de Rawls deseja, de certa forma, o contrário: o bem-estar do indivíduo, de acordo com as suas liberdades básicas, em detrimento do maior proveito que a busca pelo bem-estar geral poderia angariar para a sociedade. Não adianta viver em uma sociedade rica feita às custas da pobreza de muitos que não podem compartilhar dessa riqueza. Isso não seria justiça, segundo a sua concepção. Portanto, a teoria da justiça de Rawls procura criar princípios que visem, além de garantir as liberdades básicas dos indivíduos, a minorar as disparidades sociais como fim último da justiça. É o que chamou de justiça como equidade.
Equidade significa a igualdade de oportunidades entre as pessoas iguais, com respeito ao princípio da diferença. Logo, a teoria da justiça como equidade não procura criar uma sociedade equitativa O que interessa para a teoria da justiça como equidade não é propriamente a igualdade, mas a desigualdade justificada e aceita.
A questão das cotas em universidades será sempre difícil dizer qual a moralidade, visto que sempre haverá os que serão a favor ou contra, com argumentos válidos para ambos os casos. A constituição diz para tratar diferentemente os diferentes, e pode-se argumentar que isso seria uma política discriminatória, mas quando pensado em todo processo social e político envolvendo os negros, o abolicionismo não foi completo; não houve alfabetização dos negros, igualdade de oportunidades; que refletem em nossa sociedade atual. Havendo necessidade efetiva de políticas públicas voltadas para as sequelas da escravidão.
Exemplo claro de que são morais e necessárias é o