Resumo do capítulo Adamastor - Lusíadas
Nikollas Cunha
“Os Lusíadas”, de Luís de Camões
- Análise do episódio do Gigante Adamastor Estrutura externa - Canto V (estrofes 37 a 60)Estrutura interna - insere-se na Narração
Plano narrativo - plano da viagem
Classificação do episódio - episódio simbólico
Já no meio da viagem, os portugueses encontram-se face a face com o maior dos perigos e dos medos: o gigante Adamastor.
Vasco da Gama narra também este episódio ao rei de Melinde, revelando toda a sua experiência e sentimentos (narrativa principal).
Antes de mais, é importante considerar que se trata de um episódio simbólico.
O ADAMASTOR É O SÍMBOLO DOS PERIGOS E DAS DIFICULDADES QUE SE APRESENTAM AO HOMEM que sente o impulso de conhecer, de descobrir. Só superando o medo, o Homem poderá vencer (vd. Humanismo).
O Adamastor é, portanto, uma figura mitológica criada por Camões para representar todos os perigos e dificuldades que os portugueses iriam encontrar e superar.
Não é por acaso que o episódio do Adamastor ocupa o lugar central no poema épico. O Canto V marca o meio da obra e é com ele que termina o primeiro ciclo épico da narração. O
Adamastor
marca
também
a
passagem
do
mundo
conhecido para o desconhecido, a passagem o Ocidente para o Oriente.
A viagem decorria calmamente quando, de repente, surge a figura gigantesca e tremenda do
Adamastor. Há um grande contraste entre a atmosfera amena em que decorria a viagem inicialmente, apresentada na estrofe 37, e o terror que logo de seguida é apresentado, levando o capitão a invocar a proteção divina para os momentos que se iam seguir.
Nas estrofes 39 e 40, é feita a descrição do gigante, realçando-se sobretudo a adjetivação utilizada: figura "robusta e válido,/De disforme e grandíssima estatura", "rosto carregado”, "barba esquálida", "olhos encovados", "postura medonha e má”, a cor “terrena e pálida", "Cheios de terra e crespos os cabelos", "boca negra", "dentes amarelos” e um “tom de