Raul Castro
No campo político, ocorreu a substituição de alguns dos octogenários dirigentes históricos do Partido Comunista, foi estabelecido um limite de dois mandatos de cinco anos no governo, teve uma abertura do diálogo com a Igreja Católica e foi empreendida uma campanha contra a corrupção estatal. No econômico, inaugurou-se um pequeno, mas inédito setor privado foi permitido a compra e venda de carros usados e casas e também iniciou-se um processo de autonomia das indústrias públicas.
Também houve mudança na questão do emprego da população. O governo empregava cerca de cinco milhões de pessoas, pagando em média US$ 20 por mês. Depois de uma reforma no setor público, cerca de 500 mil empregados do Estado estão em processo de demissão. Quase duzentas mil licenças de trabalho foram dadas a autônomos somente este ano. Atualmente, as profissões permitidas são animadores de festas, vendedores, corretores, contadores e administradores de pequenas pousadas.
Porém, mesmo com essas mudanças ainda existem diversos problemas no país, e segundo a opinião de especialistas, deve-se ao fato de que Raúl não está pondo em prática de fato uma transição de modelo econômico, pois até o próprio governo trata as mudanças como uma “atualização” do socialismo.
Outro fato, e a questão dos direitos humanos. Nesse aspecto, Raúl Castro deu passos positivos, como a libertação de dezenas de presos políticos. Mas medidas como a autorização de viagens ao exterior, ainda são vistas com suspeita em Cuba e no exílio.
Historicamente, a relação com os EUA inicia-se após a Guerra Hispano-Americana, onde as forças militares norte-americanas ocuparam o país até 1902. Os Estados Unidos, no entanto, obrigaram Cuba a conceder-lhes o direito contínuo de