Introduzimos este trabalho com uma pincelada sobre como se deu a início da Antropologia, no Brasil. A seguir relataremos vida, obra e contribuições de Gilberto Freyre e Sergio Buarque de Holanda, Antropólogos, reconhecidos pela importância de suas obras para compreensão da sociedade brasileira. A Antropologia surge no Brasil quando a monarquia entra em seus últimos anos e o ideal de governo republicano abre a imaginação da classe média e de parte da elite nacional. O darwinismo social penetra com força total no pensar dos intelectuais brasileiros. Com uma mistura de darwinismo social, de positivismo e de determinismo biológico e geográfico, nasce a primeira sistematização do pensamento antropológico brasileiro. Entre mais ou menos 1880 e 1930, o Brasil viveu seu período de autoestima mais baixa de toda a sua história. Como um país com tantos negros e tantos mestiços poderia ter futuro? Os pensadores brasileiros, para se considerar cientistas, tiveram que aceitar o paradigma do darwinismo social e acatar suas consequências político-culturais. Assim é que foi surgindo um pensamento antropológico sobre o Brasil. Não há um ou alguns “pais” da Antropologia brasileira, mas há algumas figuras que fizeram pesquisa, descreveram singularidades culturais, propuseram questões e respostas para encarar problemas brasileiros por um viés que podemos chamar antropológico. Sobre populações indígenas destacaram-se: Couto de Magalhães, Curt Unkel e Capistrano de Abreu, que graças a suas pesquisas a cultura desse povo ficou conhecida na literatura mundial. Sobre os negros destaca-se Nina Rodrigues, e sobre o conjunto cultural realçam-se as análises de Sílvio Romero, Manoel Bonfim e Euclides da Cunha. Foi o advento da Semana da Arte Moderna, realizada em São Paulo em março de 1922, que sacolejou a nação, desencadeando o processo de modernização cultural.
Participaram os poetas e escritores Manuel Bandeira, Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Monteiro Lobato Azeredo