Cavalaria
Centro de Humanidades – CH
Licenciatura Plena em História
Ideal Cavaleiresco: Código de Conduta e Valores Cristãos
Clesivaldo Araújo Silva Júnior
Fortaleza 2013
A cavalaria durante a aproximação com o cristianismo, ganhará não só um caráter social (o posto de cavaleiro só era admito aqueles que fizessem parte do contexto da nobreza), mas um caráter ético, com regras de conduta que vão desde o seu orgulho como cavaleiro, até o seu papel como “protetor” de quem necessitasse da sua “espada cristã”.
Aos poucos a cavalaria viria a se tornar “A Cavalaria”, não mais se restringindo a uma formação guerreira, mas um ideal, um valor, um código de condutas. Será com a aproximação entre os aspectos religiosos e éticos que a cavalaria se tornará “mais cristã”.
A Igreja buscava transmitir aos cavaleiros os valores de justiça e paz, pois a preocupação com um possível afastamento desses novos fiéis iria de encontro com o que se ficou conhecido como ideal da cavalaria e os valores cristãos de um “bom homem”.
Este ideal religioso e ético será a base da obra do filosofo Ramon Llull sobre a construção cristã de um exercito temente a Deus, a partir de uma nova ideologia cavaleira que trazia aspectos como os sacramentos e as investiduras (benção das armas) que faziam uma ligação mais concreta entre o ideal de cavaleiro, sua honra e os interesses da igreja por traz desses cavaleiros mais cristãos.
Com as Cruzadas, o combater em nome de Deus foi caracterizado por novos ritos entre eles a cerimônia da investidura onde o novo guerreiro recebia suas armas abençoadas e passava a ter responsabilidade sobre si, pelos outros e claro, pela Igreja. Nesse sentido, trabalharemos com o modelo de cavaleiro cristão elaborado por Ramon Llull, que no livro “O Livro da Ordem de Cavalaria”, um manual didático-pedagógico, discorreu sobre a função da importância dos