Cavalaria
1ª Parte
(No início, as luzes do Templo devem ser diminuídas, permitindo, porém, que a figura dos atores seja vista mas sem que a platéia fique iluminada. Uma música suave deve preceder a entrada de Jacques de Molay por alguns minutos, permitindo que um "clima" apropriado de expectativa seja criado). Jacques de Molay entra pela porta do Ocidente. Caminha devagar e não fita a assistência. Seu olhar se direciona primeiro ao Oriente - ele olha para o triângulo sobre o dorsel. Seu olhar passeia à direita e à esquerda - sempre erguido ligeiramente - contemplando as paredes, os símbolos da Loja. A alguns passos do altar ele para e toma uma respiração profunda como se estivesse chegando de uma longe caminhada e o peso das lembranças absorvesse toda a sua alma. Nesse momento ele baixa o olhar até o Altar dos Juramentos. Seus olhos ali descansam e sua expressão modifica-se ligeiramente como se estivesse sendo trazido de uma memória distante a uma realidade quase inesperada. Olha à esquerda (ele está alinhado com o local onde repousa o Menorah). Para ali e ele se dirige e suas mãos tocam o objeto quase com carinho, com familiaridade até. Depois, retorna para o Altar e repete o gesto. Toca o Livro Sagrado, a capa, as esporas ... ao tocar a espada ele fecha os olhos por um momento e se ajoelha à feição DeMolay perante o Altar como se orasse ou como se toda as lembranças ocorressem naquele único momento. Enquanto ele assim permanecem, um jovem DeMolay entra no Templo e ao ver aquele homem estranhamente paramentado pára. Faz um gesto com a mão e chama, alto: Jovem: Hei!!! Quem é você ??? O que está fazendo aqui ??? (Jacques de Molay não responde. Sua mão retira-se da fronte onde está apoiada e lentamente ele volta a cabeça para a esquerda ainda ajoelhado. O jovem DeMolay, na pressa da juventude, dá mais alguns passos em sua direção repetindo). Jovem: Vamos!!! Não me ouviu? Quem é você? Aqui é um Convento de Cavaleiros. Este é o Altar da