Racismo
Ah, o diferente... como o diferente incomoda e desacomoda! Como os nossos olhares o seguem, avaliando, medindo, comparando! Como precisamos repensar nossos conceitos sobre normalidade! E como necessitamos avançar na humanização dos nossos valores! Então, como acabar com a exclusão das possibilidades de conhecimento e autonomia de uma parcela significativa da humanidade? Existe apenas uma resposta para todas estas constatações e indagações: modificar nosso olhar e abrir nossos corações para a inclusão.
A escola, como tradutora das desigualdades vividas na sociedade e nas relações entre os seres humanos, tem reforçado a exclusão de alunos que são considerados diferentes de um padrão estabelecido como “normal”. E aí nos perguntamos: O que é ser “normal”? Quem são os “normais”? Você é “normal”?
A tarefa não é fácil, seja o mais difícil desafio pedagógico contemporâneo e, por isso, a necessidade de conhecer e vivenciar todas as facetas dos “diferentes”, as teorias, as práticas e os resultados até agora conquistados.
O racismo no meio escolar
Há muitas décadas homens e mulheres negros lutam, no mundo todo, pela igualdade de direitos junto à população. É indiscutível a contribuição dessas pessoas para o nosso país, considerando que o continente africano é, sabidamente, o berço da humanidade, e que lá foram desenvolvidas a agricultura e a pecuária, que possibilitaram a conquista e permanência de outros povos, mais tarde, em outros continentes.
No Brasil, após décadas de sofrimento escravo, a Lei Áurea, que aboliu a escravatura em 1888, indenizou os proprietários de escravos pela “liberdade” dos mesmos, apenas dando continuidade ao processo de estigmatização do negro como raça inferior, pois milhares deles foram alforriados sem nenhum tipo de compensação ou proteção. Desde então, as políticas publicas no Brasil não buscam o enfoque da inclusão, mas, no máximo, o da criminalização, como a Lei Afonso Arinos nº 1390, de 1951, que em seu art.1º diz que: