Plano de curso em análise

O Plano de curso em análise

Dentre as várias possibilidades de escolha, a escola selecionada para a realização deste trabalho foi a E.E. Augusto Cardoso de Oliveira, localizada na Comunidade Novo Horizonte no norte de Minas Gerais. Tal escolha se deu em função de ser uma escola pequena com média de 19 alunos em sala. Dada essa realidade, ficou a expectativa de apreciar a sistematização de um projeto de trabalho mais envolvente, visto que os empenhos da gestão e corpo docente se voltam em prol de 96 alunos, distribuídos em 5 turmas. A primeira observação realizada foi a periodicidade de elaboração do plano de curso, por se tratar do primeiro ciclo do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), os profissionais optaram por um planejamento trimestral, por se tratar, de acordo com eles, do período de alfabetização e amadurecimento das práticas de letramento, que deve ser analisado constantemente. Assim, a cada três meses os profissionais se reúnem para reestruturar o plano de curso. Quanto à estrutura do plano, a Análise da Realidade é apresentada de forma breve, os tópicos, como já poderiam ser previstos, não seguem uma caracterização totalmente coerente com as Dimensões e Elementos do Projeto de Ensino propostos por Vasconcellos. Mas apesar da ausência de uma estrutura bem definida, ao longo do plano de curso analisado, a maioria dos tópicos que são sugeridos pelo autor pode ser vislumbrada ao longo dos conteúdos tematizados pelo plano de curso da escola pesquisada. Dos itens que compõem a Análise da Realidade[1], a escola contempla – com certa prioridade – o item “Necessidades”, definido por Vasconcellos como o momento em que “(...) cabe a reflexão do professor a fim de procurar identificar e explicitar as necessidades educacionais (porquê), cujo trabalho posterior visará superá-las.” (Vasconcellos, 2010, p.139). No plano pesquisado, verificou-se que as necessidades eram embasadas em avaliações externas e orientações dos cadernos do