Racionalismo vs Empirismo
“Advertimos que, na verdade, em nós, só o entendimento é capaz de ciência” (Descartes)
A palavra racionalismo deriva do latim ratio, que significa razão. Neste caso, o termo designa a doutrina que deposita total e exclusiva confiança na razão humana como instrumento capaz de conhecer a verdade, de modo que todo o conhecimento verdadeiro tem origem racional.
Os racionalistas afirmam que a experiência sensorial é uma fonte permanente de erros e confusões sobre a complexa realidade do mundo. Somente a razão humana, trabalhando com os princípios lógicos, é capaz de atingir o conhecimento verdadeiro, que será universalmente aceite.
Para o racionalismo todo o conhecimento verdadeiro é de estrutura racional e uma consequência de princípios necessários e apriorísticos da razão – teoria do inatismo. Os princípios lógicos são considerados inatos na mente do homem.
Os racionalistas consideram o conhecimento como sendo a priori.
O racionalismo pode conduzir ao dogmatismo.
Empirismo
“Nada existe na mente que não tenha estado nos sentidos” (Hume)
O termo empirismo tem a sua origem no grego emperia, que significa “experiência” sensorial. De um modo geral, o empirismo defende que todas as nossas ideias são provenientes das nossas perceções sensoriais (visão, audição, tato, paladar, olfato).
O empirismo é usualmente contraposto ao racionalismo, que defende que o conhecimento é fundado com base na razão.
O empirismo defende a teoria da mente como tábua rasa – a mente está vazia antes de receber qualquer tipo de informação proveniente dos sentidos. Todo o conhecimento sobre a realidade, mesmo aquele em que se baseiam as leis universais, provém da experiência, por isso mesmo, só é válido dentro dos limites do observável (fenomenismo).
Para o empirismo o conhecimento é a posteriori.
O empirismo pode conduzir ao probabilismo, ou até mesmo ao relativismo ou ceticismo gnosiológico.