racial
E foi isto que aconteceu na cidadezinha de Wittemberg, na Alemanha. Em 31 de outubro de 1517, na pequena universidade, um professor da Bíblia, o monge Martinho Lutero, afixou na porta da Igreja do Castelo uma folha com teses para um debate. Tratava-se de um expediente acadêmico da época, cujo processo de formação rotineiramente incluía debates públicos. Mas as 95 teses do Debate para o Esclarecimento do Valor das Indulgências não ficaram restritas a isto. Multiplicadas aos milhares pela imprensa recém-aperfeiçoada por Gutemberg, elas foram divulgadas por toda a Europa em poucas semanas, inclusive na distante Espanha. Quem ficou mais abismado com esta repercussão foi o próprio monge Lutero. Anos mais tarde ele diria que, se soubesse em que Deus o estava envolvendo, jamais teria ousado vir a público com sua opinião.
Em seu tratado contra a prática das indulgências, Lutero expôs o que Deus lhe ensinara nos anos anteriores. Em meio a muitas angústias e tormentos, ele tornara-se um aprendiz das