Quilombolas do Tocantins Para muitas pessoas falar sobre quilombos e comunidades quilombolas é tratar de um tema do passado, um assunto distante e longínquo. Mas, na verdade, nós temos visto que essa questão é bastante atual e têm tudo a ver com assuntos bem recentes, como a proteção ambiental e a valorização de minorias étnicas. Aqui nesse texto estaremos apresentando informações sobre as comunidades quilombolas do Tocantins. E, para entendermos melhor isso, estaremos relembrando um pouco da história de nosso Estado. Nos séculos passados, como no interior do Brasil não existiam estradas unindo as cidades, os grandes rios faziam esse papel, servindo para o deslocamento de pessoas e mercadorias. Dessa forma, diversas expedições formadas por colonizadores, bandeirantes e missionários chegaram à região do Planalto Central, navegando pelos rios Araguaia e Tocantins. Assim, surgiram na região os primeiros povoados e aldeamentos indígenas, implementados pelos padres católicos da Companhia de Jesus. A ocupação econômica do coração do Brasil se efetivou com os bandeirantes paulistas chegando em busca de ouro e pedras preciosas, no final do século XVIII. Com o estabelecimento dos primeiros garimpos, foram trazidos escravos e, consequentemente, daí surgiram os grandes arraiais. Muitos desses aglomerados deram origem a diversas cidades, tais como: Dianópolis (vila São José do Duro), Paranã (vila São João da Palma), Natividade (arraial de Nossa Senhora de Natividade) e Arraias (povoado Nossa Senhora dos Remédios de Arraias). Um pouco após o ciclo do ouro, nos séculos XIX até a metade do século XX, outras cidades nasceram através do desenvolvimento da navegação e com o aumento do comércio estabelecido entre a região central do Brasil e a cidade de Belém do Pará (principal centro econômico da região Norte). Daí surgiram, às margens do Tocantins, as cidades de Porto Nacional (antigo povoado Porto Real), Tocantínia (antiga vila Piabanha), Pedro