Questão social

O processo de industrialização trouxe consigo efeitos devastadores à sociedade. Antes no período feudal já existia a pobreza e diferença de camadas sociais, mas o impacto exercido não era o mesmo. Em relação à pobreza naquela época, ela era devido ao não desenvolvimento das forças produtivas, existia uma escassez em toda a sociedade, claro que afetava de modo distinto as camadas sociais, porém era comum na sociedade feudal. E, em relação a diferença das camadas sociais, o povo acreditava ocupar lugares dentro da sociedade, que eram predeterminações divinas, então se existia uma exploração, essa subalternidade era aceita.
Com o advento do capitalismo, o impacto, o efeito da pobreza, da fome, da miséria muda, ganham proporções antes nunca sentidas no mundo, pois as forças produtivas se desenvolviam. Com o sistema capitalista, o homem conseguiu construir e realizar feitos nunca idealizados, mas, tudo isso, só foi possível graças à exploração do proletariado realizada pela burguesia, classes fundamentais deste sistema. A exploração no trabalho não constitui em um fenômeno novo da sociedade, mas sua forma e consequências sim. É através da mais–valia que é possível compreender melhor como a exploração acontece. O trabalhador, por exemplo, produz em média cinco automóveis em oito horas diárias, sendo que o valor-trabalho realizado para a produção de dois automóveis, já equivale na quantia de seu salário, portanto a produção dos outros três é feita de graça pela classe trabalhadora. O excedente da produção contribui para a obtenção do lucro dos capitalistas.
Um novo fenômeno, socialmente produzido pelo capital, surgiu. Quando o pauperismo apresentou grande risco à ordem burguesa, a questão social passa a ser pensada, e até hoje há tentativas, nenhuma concreta, por não produzirem efeitos na estrutura social, de sua amenização. E, infelizmente, as expressões da questão social, só crescem na medida em que o capitalismo se desenvolve, resultado do aumento da exploração. Não