questão social
Rosemari Taborda Weidauer *
* Assistente social, mestre em Serviço Social pela UFSC, membro do Grupo de Pesquisa Fundamentos do Serviço Social: Trabalho e “questão social”, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) - Campus de Toledo. rosemaritaborda@yahoo.com.br
RESUMO:
Este artigo constitui-se numa versão parcialmente modificada da dissertação de mestrado defendida em 2008 pela UFSC. Situa-se no eixo dos debates que envolvem a centralidade da “questão social” no exercício e na formação profissional. Com base na teoria social de Marx, entende que, frente ao atual cenário em que brotam sutis determinações governamentais de assistencialização da “questão social”, torna-se eminente refletir sobre como vem se dando a apropriação do significado de “questão social” entre os assistentes sociais concretamente envolvidos com suas manifestações.
PALAVRAS CHAVE: “Questão social”, Serviço Social, Diretrizes Curriculares de 1996
Introdução
Para Marx (1978, p. 120) a anatomia do homem é a chave da anatomia do macaco; o mais complexo explica o menos complexo e as formas superiores de desenvolvimento explicam as formas inferiores de desenvolvimento. Nesse passo, diz Iamamoto (2004, p. 236), a profissão de Serviço Social não se explica por si mesmo, senão a partir de sua inserção na sociedade.
Portanto, em havendo um eixo que articulasse o desenvolvimento sócio-histórico do Serviço Social e a realidade social, acertadamente a categoria profissional reconheceu que esse eixo era a chamada “questão social”. Contudo, a grande variedade conceitual no interior da literatura profissional, por meio de diferentes focos analíticos, tem levantado uma série de inquietações sobre a direção que esta assume entre os assistentes sociais em seus espaços sócio-ocupacionais. Com isso, apresentamos alguns apontamentos levantados durante pesquisa de mestrado com assistentes sociais supervisores de campo,