Quebra de paradigma na educação
Sobre a capacidade crítica (quebra de paradigma) no sistema educacional brasileiro.
Eudes Cruz, 20 de março de 2010
Adotamos modelos e padrões a serem seguidos em toda e qualquer esfera de nossa sociedade. A educação, especificamente o modelo de educação brasileiro, mantém durante muito tempo seu paradigma. Algo que, por vezes, mantém-se inquestionável. Mas por que isso acontece? O que estamos esperando do sistema educacional? Numa sala de aula, quer seja de uma escola particular ou de uma escola da rede pública, o modelo empregado é sempre o mesmo. Há alguém diante de um quadro negro ou lousa, empunhando um giz, escrevendo de forma automatizada, ouvindo o barulho de murmúrios e vozes expandindo-se pelo ambiente. Essa mesma pessoa vira-se para dezenas de alunos selecionados de um modo duvidoso, sentados em suas cadeiras desconfortáveis e solta uma série de explicações, vezes desconexas. O olhar dos alunos reflete a ausência de entendimento pelo que está sendo abordado e se ratifica quando através de um questionário intitulado de avaliação ou prova sua nota se releva baixa. Um questionário? Isso foi capaz de avalia-lo como ‘sábio’ ou ‘não preparado’. O modelo de educação brasileiro não promove a discussão, nem o entendimento da situação atual relacionado ao assunto que esta sendo apresentando, tampouco promove o espírito crítico dos alunos. Ter uma opinião sobre determinados assuntos é uma afronta ao modelo educacional. O modelo de avaliação empregado nos estabelecimentos de ensino é inquestionável. Quem ousa questiona-lo? Pais, alunos, professores? Muitas vezes a sociedade se conforma, mantém-se passiva diante daquilo que lhes é apresentado. Os filósofos de outrora ficariam indignados diante do desestímulo ao pensar e ao pensamento crítico, sobretudo. Ter uma opinião sobre determinado assunto, pode ser uma afronta ao modelo educacional. É inadmissível vermos que a cópia de um texto, selecionado no mar abissal da