Quando a liderança não passa da teoria
Fala-se e ouve-se tanto sobre a importância da liderança assertiva no ambiente empresarial, mas ela acaba não sendo exercida em sua plenitude.
As empresas, principalmente as multinacionais, propiciam normalmente treinamentos específicos de liderança aos executivos em posição de comando ou colaboradores que possuam potencial de sucessão dos seus gestores. Porém, não basta apenas adquirir novos conhecimentos, é necessário aplicá-los no dia a dia. O que, muitas vezes, não ocorre no cenário empresarial.
Há muitos gestores que fazem questão de ressaltar sua participação em congressos e eventos, muitos deles internacionais, nos quais renomados palestrantes ministram conferências e seminários abordando tendências atuais de gestão empresarial. Gostam de destacar estudos, conceitos e diretrizes de administração lidos em livros, artigos veiculados em revistas de grande circulação, jornais específicos do âmbito empresarial, enfim, fazem questão de demonstrar, principalmente aos subordinados, seus conhecimentos ávidos sobre gestão corporativa.
Porém, embora realmente tenham assimilado conceitos de uma liderança criativa, motivadora, participativa e assertiva, não os utilizam na prática. Percebem, nas avaliações de desempenho de sua equipe gerencial, a ausência de aspectos importantes de liderança, mas não visualizam essa mesma carência na sua própria atuação. Acreditam que estão certos e seguem nessa percepção equivocada ou por não serem questionados pelos próprios subordinados que têm receio de dar feedback ao seu gestor, ou por não serem alertados por seus superiores que, muitas vezes, também agem da mesma forma.
E ainda há o agravante das diferenças culturais. Em organizações internacionais com escritórios no Brasil, encontramos gestores expatriados que se utilizam da diferença cultural como desculpa para sua forma de atuação junto aos subordinados ou outros colaboradores. Claro que nos primeiros meses de seu trabalho em