quando a escola é de vidro
O hábito de ficar dentro dos vidros acaba se tornando cômodo para algums alunos, eles se adaptam à forma do vidro e acabam se sentindo até desconfortáveis fora dele. Quanto mais eles se moldam ao vidro menos trabalho dão aos adultos. Outros, porém, sofrem porque são diferentes e esta diferença não é levada em conta; eles não recebem nenhum tipo de ajuda e de estímulo. Mas será que é isso que se quer do processo educacional? Todo mundo pensando igual e fazendo tudo igual? O vidro filtra o que o professor fala e também o que fala o aluno. A comunicação e portanto as relações entre eles não são espontâneas. Ouvir é diferente de escutar ativamente, é muito diferente! Em se tratando de crianças e adolescentes, há que se fazer um esforço extra para entender exatamente o que eles querem dizer! Mesmo assim, com todo nosso esforço e atenção, quantas perguntas deixaram de ser formuladas e quantas outras deixaram de ser respondidas! Os alunos que ficaram tempo demais dentro de vidros adoram as aulas de educação física. O corpo do aprendiz faz parte dele, é através do corpo que ele fala, que expressa seus sentimentos e que ele aprende. Assim há muitas maneiras de aprender e todas elas devem ser colocadas à disposição do aprendiz. Um dia teremos a revolução dos vidros, e a diferença, não mais a mesmice, será valorizada! Nós ,educadores que somos, precisamos aprender lidar com a aceitação dessas diferenças, tentando entendê-las. É através da busca de novos caminhos que poderemos dar um novo significado à aprendizagem.