Escola de Vidro
Infelizmente ainda temos muitas escolas que usam os vidros, e também muitos professores que se acomodam e ficam com medo de experimentar coisas novas, de “quebrar esses vidros”.Elas buscam, nas referidas obras, refletir sobre questões polêmicas que afetaram (numa determinada época) e continuam afetando o contexto educacional nos dias de hoje.
Rocha retrata a repetência escolar como algo que mais sufocava os estudantes do que proporcionava nova oportunidade de aprendizagem, levando inclusive à evasão escolar.
Como por exemplo, no trecho “...aliás, nunca ninguém se preocupou em saber se a gente cabia nos vidros", "a gente não escutava direito o que os professores diziam, os professores não entendiam o que a gente falava..." (ROCHA, 1986). Logo, o fracasso ou sucesso escolar é atribuído ao dom natural e ao mérito do indivíduo por se tratarem de linguagens diferentes.
A autora evidencia no texto, colocando a avaliação como instrumento de dissimulação, camuflagem e mistificação, uma vez que a escola avalia igual, pessoas com oportunidades desiguais. Mesma crítica feita por Ruth Rocha, quando apresenta alunos diferentes, sendo colocados em "vidros" iguais, ou seja, sendo tratados com falsa igualdade de direitos. Ela afirma que há escolas que atendem a clientela de classes sociais privilegiadas e escolas que atendem a clientela socialmente desfavorecida, e que, tanto o ensino quanto a avaliação, ajustam-se às características da clientela. No caso, então, das classes desfavorecidas, essa conduta cria a ilusão do sucesso