Qualidade de vida do trabalho
O termo Qualidade de Vida no Trabalho -QVT tem sido usado de forma genérica e engloba, segundo Silva e Tolfo (1999), temas como motivação, satisfação, condições de trabalho, gerenciamento do stress e estilos de liderança. Essas autoras consideram QVT como a preocupação com o bem-estar geral dos trabalhadores e sua saúde no desempenho de suas tarefas. A QVT, segundo Rodrigues(1991), é um modelo que surgiu na década de 50, na Inglaterra, a partir dos estudos de Eric Trist e colaboradores, do Tavistock Institute, pretendendo analisar a relação indivíduo-trabalho-organização. Esses pesquisadores desenvolveram uma abordagem sócio-técnica da organização do trabalho, tendo como base a satisfação do trabalhador no trabalho e em relação a ele. No entanto, só a partir da década de 60, houve um novo impulso nos movimentos de QVT, sendo desenvolvidas inúmeras pesquisas sobre melhores formas de realizar o trabalho, enfocando aspectos da saúde e bem-estar geral dos trabalhadores. A QVT tem sido pesquisada em diversos países. No Brasil, só a partir dos anos 80, foram realizados alguns estudos, ainda muito influenciados pelos modelos estrangeiros. Dentre os pólos de desenvolvimento dessas pesquisas no país, destacam-se a Embrapa, em Brasília, e as Universidades Federais do Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Apesar de inúmeros estudos sobre essa temática, o conceito de QVT está longe da unanimidade. Fernandes (1988) esclarece, no entanto, que os diversos conceitos de QVT voltam-se, geralmente, para três principais aspectos: a reestruturação do desenho dos cargos e novas formas de organizar o trabalho; a formação de equipes de trabalho semiautônomas ou auto-gerenciadas; e a melhoria do meio ambiente organizacional.
Fatores como supervisão, condições de trabalho, pagamento, benefícios e projetos do cargo afetam a QTV, sendo a natureza do cargo o fator que envolve mais intimamente o trabalhador, já que, para a maioria das pessoas,