Quadrilátero e Classificação de quadrilátero
Em tempos muito remotos, um jovem, resolvendo ser espirituoso, perguntou a seu mestre qual o lucro que poderia lhe advir do estudo da geometria. Idéia infeliz: o mestre era o grande matemático grego Euclides (± 370 a.C. à 290 a.C.), para quem geometria era coisa muito séria e a sua resposta à ousadia foi arrasadora: chamando um escravo, passou-lhe algumas moedas e mandou que as entregasse ao aluno que a partir daquele momento deixou de ser aluno de Euclides. Esse rapaz – é preciso dizê-lo – não foi o único a sofrer nas mãos de Euclides por causa da geometria, além dele, muita gente passou maus bocados com o grande grego, inclusive o próprio faraó do Egito.
Os problemas de Ptolomeu I (367 a.C. à 283 a.C.) surgiram no dia em que pediu a Euclides que adotasse um método mais fácil para ensinar-lhe geometria e recebeu a lacônica resposta: “não existem estradas reais para se chegar à geometria”.
Não se sabe ao certo onde e quando nasceu Euclides de Alexandria, mas foi um dos sábios chamados para ensinar na escola criada por Ptolomeu, na Alexandria em 306 a.C., chamada “Museu”. Diz-se que Euclides tinha grande capacidade e habilidade de exposição e algumas lendas o caracterizaram como um bondoso velho.
Seus livros são os mais antigos tratados gregos existentes, embora se tenha perdido mais da metade deles. Um dos mais lamentáveis desaparecimentos foi o dos “Porismas de Euclides”, que poderiam conter aproximações da Geometria Analítica e Papus (290 à 350) dá-nos uma noção do que um porisma como algo entre um teorema (em que alguma coisa é proposta para resolver) e um problema (em que alguma coisa é proposta para construir). Cinco das obras de Euclides sobreviveram. “Óptica”, onde, indica seu estudo de perspectiva e desenvolve uma teoria contrária à de Aristóteles (384 a.C. à 322 a.C.), segundo a qual o olho envia os raios que vão até o objeto que vemos.
Em “Os Fenômenos”, discorre sobre a Geometria esférica para utilização dos astrônomos. “A Divisão”