pós- graduada
Elaine Aparecida de Lima Campos
Pós- Graduação em Língua portuguesa e Literatura da FAFOPST. O capítulo 6 fala sobre a dificuldade de produção de texto, em alunos de ensino fundamental, principalmente em se tratando de redação, que na verdade não é fácil escrever sobre algo e isso se torna mais complexo quando não se tem muita informação sobre o tema que será usado para desenvolver essa escrita. A autora chama a atenção para os conteúdos de redações de alunos, que não são aproveitadas. Na maioria das vezes, se o aluno não escreve de acordo com as regras da escola, com as normas gramaticais e não é avaliado como deveria ser. São rejeitados pela escola, pelos professores e se deixam desiludir pelas regras e normas, passando a fazer apenas o que é pedido, sem nunca expor suas ideias, pensamentos e diversificadas formas de expressar sentimentos. Apegam-se a recursos, estilos e discursos que descobrem, válidos, mas deixam de escrever bem com medo de ser repreendido ou de ouvir muitas vezes do professor: “está errado”!, limitam-se a fazer apenas o que é pedido, sem ter a consciência de que é um bom escritor, na maioria dos casos. Assim, produzem apenas textos artificiais, semanticamente vazios e circulares, quando são massificados.
Por extensão a escrita se torna um “ajuste de contas” entre aluno e professor (Ilari,1985), ou “coroamento” das atividades de linguagem, oportunidade para o aluno praticar os conhecimentos supostamente adquiridos em outros momentos( Ruiz e outros, 1986). Quando não, escrever passa a ser uma questão de “método ou técnica”, que exige muito treino e exercícios de fixação (Silvia apud Silvia e outros, 1986).
No que diz respeito à avaliação a escritora nos faz refletir sobre o ato de avaliar nossos alunos, que não deve ser “um acerto de contas”, muito pelo contrário, deve-se dar o valor merecido a eles, ver o potencial de cada um.