Péricles e Protágoras
O clima era de tensão entre as duas cidades-estados gregas devido a disputa pela hegemonia política e econômica na região. Os espartanos viam com desconfiança e ameaça o desenvolvimento econômico e aumento da influência política de Atenas na região da península do Peloponeso.
O motivo da guerra foi o Decreto Mégaro, proposto por Péricles, que se assemelhava a um embargo comercial moderno. De acordo com as provisões do decreto, os comerciantes de Mégara ficariam banidos do mercado de Atenas e dos portos de seu 'império'. Este banimento sufocou a economia mégara e desgastou a paz já frágil entre Atenas e Esparta, aliada de Mégara. As cidades de Esparta, Corinto, Tebas e Mégara aliaram-se contra Atenas e seus aliados.
Péricles foi um grande líder para Atenas fazendo a cidade viver na Era de Ouro, o que resume o quão brilhantes estava a situação estrutural da cidade e cultural e social da população. É irrefutável a importância de Péricles para Atenas e a genialidade dele. Porém, seu comportamento egoísta e etnocêntrico destruiu – posteriormente – todo império que construiu.
Sobre Protágoras:
Protágoras trabalhou com o princípio de que o homem é a medida para todas as coisas, é eliminada validade objetiva que seja, seja na esfera do conhecimento, seja na condução, tudo relativo ao assunto: uma coisa é verdade, justa, bom ou bonito para quem parece ser, e será falso, injusto, mau ou feio para aqueles que não gostam. “Assim como as coisas me parecem, assim elas o são para mim; assim como elas te parecem, assim elas os são para ti pois tu és homem e também o sou”. Esta doutrina de Protágoras não exibe, contudo, o relativismo universal antropológico, mas o relativismo individualista.
Fazendo um paralelismo de ambas posições: elas parecem afastadas e sem conexão. Porém, se dissecarmos, chegaremos a um único ponto: a visão. Péricles só tinha a sua própria visão, e ignorava que outros tivessem. Já Protágoras assume que defende a sua própria visão,