Justinça na visao dos sofistas

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A Sofística

A época de ouro da sofística foi - pode-se dizer - a segunda metade do século V a.C. O centro foi Atenas, a Atenas de Péricles, capital democrática de um grande império marítimo e cultural.

Os sofistas maiores foram quatro. Os menores foram uma plêiade, continuando até depois de Sócrates, embora sem importância filosófica. Protágoras foi o maior de todos, chefe de escola e teórico da sofística.

Em coerência com o ceticismo teórico, destruidor da ciência, a sofística sustenta o relativismo prático, destruidor da moral.

Górgias declara plena indiferença para com todo moralismo: ensina ele a seus discípulos unicamente a arte de vencer os adversários; que a causa seja justa ou não, não lhe interessa.

Os sofistas estabelecem uma oposição especial entre natureza e lei (política e moral).

A lei: é arbitrária, interessada, mortificadora, uma pura convenção.

A natureza: não é a natureza humana racional, mas a natureza humana sensível, animal, instintiva.

Os sofistas achavam, grosso modo, que o conceito de justiça e de injustiça variava de cidade-estado para cidade-estado e de geração para geração. A questão da justiça e da injustiça seria, portanto, algo "fluido".

Não é verdade - dizem - que a submissão à lei torne os homens felizes, pois grandes malvados, mediante graves crimes, têm freqüentemente conseguido grande êxito no mundo e, aliás, a experiência ensina que para triunfar no mundo, não é mister justiça e retidão, mas prudência e habilidade.

A realização da humanidade perfeita, segundo o ideal dos sofistas, não está na ação ética e ascética, no domínio de si mesmo, na justiça para com os outros, mas no engrandecimento ilimitado da própria personalidade, no prazer e no domínio violento dos homens.

Seria um prejuízo, segundo os sofistas, a igualdade moral entre os fortes e os fracos, pois a verdadeira justiça conforme à natureza material, exige que o forte, o poderoso, oprima o

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