Pulsao de via de morte
As descobertas de Freud referentes ao descentramento do sujeito, que determinam o Ser do Psiquismo, foram importantes para que os conceitos de Pulsão de Vida e Pulsão de Morte fossem formulados. A partir da elaboração das teorias ligadas ao Inconsciente Humano, importantes para o surgimento da perspectiva do deslocamento da soberania do consciente e do eu para os registros do inconsciente e das pulsões, o autor aprofundou as concepções relativas às pulsões.
Para Freud, as pulsões não estariam localizadas no corpo e nem no psiquismo, mas na fronteira entre os dois e teriam como fonte o Id (isso). A pulsão de vida seria representada pelas ligações amorosas que estabelecemos com o mundo, com as outras pessoas e com nós mesmos, enquanto a pulsão de morte seria manifestada pela agressividade que poderá estar voltada para si mesmo e para o outro. O princípio do prazer e as pulsões eróticas são outras características da pulsão de vida. Já a pulsão de morte, além de ser caracterizada pela agressividade traz a marca da compulsão à repetição, do movimento de retorno à inércia pela morte também.
Embora pareçam concepções opostas, a pulsão de vida e a pulsão de morte estão conectadas, fundidas e onde há pulsão de vida, encontramos, também, a pulsão de morte. A conexão só seria acabada com a morte física do sujeito. Podemos constatar o enlaçamento existente entre as pulsões na dinâmica da neurose da angústia. A pulsão de morte no sujeito será a responsável pela elevação da tensão ou excitação libidinal que será escoada pela pulsão de vida que levará o indivíduo, impulsionado pelo princípio do prazer, a procurar objetos que venham minimizar os impactos da angústia.
Os conceitos de pulsão de vida e pulsão de morte concebidos por Freud foram importantes para a construção da teoria psicanalítica, pois proporcionou um novo entendimento sobre os registros do inconsciente, ampliando os estudos e concepções sobre o psiquismo humano.