Psicose Puerperal
É a fase que vai até 45 dias após o parto, é desencadeada pelo parto, assemelhada a psicoses de curta duração, se perdurar, recebe outro nome. Transtorno mental de alta prevalência, a qual provoca alterações emocionais, cognitivas, comportamentais e físicas.
Período crítico para a mulher devido a mudanças hormonais, além do estresse do parto, principalmente em quem já sofreu algum distúrbio antes. Ocorre em cerca de 02 para cada 1000 partos, mais nas primíparas e mães solteiras, não há relação com a cor, nem idade da mãe. O início é súbito dando-se em 1/3 dos casos na primeira semana após o parto e 2/3 no primeiro mês, com duração de aproximadamente três meses.
Tipicamente, as pacientes começam a se tornar cansadas, com insônia, irritadas, podendo apresentar choro fácil e labilidade emocional. A principal temática está ligada com o bebê, os delírios comuns são achar que o bebê não nasceu, foi trocado, está morto ou defeituoso, há ainda a possibilidade de tentar homicídio contra o bebê, ou suicídio, pode também tentar machucar-se... Por isso as pessoas que passam por essa psicose devem ser monitoradas. Os índices apontam que 5% das pacientes cometem suicídio e 4% cometem infanticídio. Gestações subseqüentes estão associadas com risco aumentado de novos episódios, em mais de 50% dos casos. O tratamento realizado é o mesmo que para as psicoses em geral, sendo acentuado nas pacientes que já tiveram distúrbio no passado, e o aleitamento materno precisa ser suspenso. A psicose puerperal é uma emergência psiquiátrica.
Medicação anti-psicótica e Carbonato de Litio, geralmente combinados com um antidepressivo são as medicações de escolha.
As mães geralmente melhoram com o contato com a criança, se assim o desejarem, mas as visitas devem ser supervisionadas de perto, especialmente se a mãe já falou em machucar a criança. A Psicoterapia é indicada depois do período agudo de psicose e a terapia é geralmente direcionada para