Psicopedagogia
As práticas escolares em muitos casos têm assumido um papel relevante na configuração da estrutura da desigualdade social em nossa sociedade e ao materializar-se nos cotidianos escolares,expressa-se, também, pela via dos preconceitos, estereótipos e diferentes formas de discriminação. A educação traduzida pelo viés transformador sempre teve um papel importante na “reprodução” da desigualdade. Desnaturalizar esta perspectiva, leva-nos a dar visibilidade aos indícios e marcas próprios de práticas excludentes, ancoradas em idealizações dos alunos e suas realidades.
As classes sociais cujos interesses são antagônicos as desigualdades originadas na sociedade capitalista, possibilitando à classe dominante estabelecer as desigualdades, os privilégios e as desvantagens entre os indivíduos.
As desigualdades são vistas como coisas absolutamente “normais”, sem nenhuma relação com as experiências concretas das pessoas no convívio social. Analisando atentamente descobrimos que aquelas são adquiridas socialmente. As divisões em classes se dão na forma pela qual os indivíduos situam-se econômica, cultural e socialmente. Para se fazer frente a isto, é necessária a constituição de escola cidadã na qual todos os profissionais estejam vigilantes contra qualquer forma negadora da autonomia do ser humano.
É absolutamente indispensável refletir sobre a possibilidade de construção de práticas emancipadoras que interfiram diretamente no sistema escolar vigente, especialmente no âmbito da periferia, acentuando o educar para transformar e não para reproduzir os interesses das classes mais favorecidas. É urgente descobrir alguma forma de atuação libertária em todos os níveis econômicos ou do conhecimento. O contexto atual da educação debate sobre uma escola preparada para proporcionar um ensino de qualidade, respeitando a heterogeneidade e a individualidade da comunidade escolar. Uma escola que proporcione educação de qualidade para todos,