Psicopedagogia
Atualmente, a educação a distância (EaD) está em franca expansão no Brasil e no mundo. Mais precisamente no Brasil, cresce substancialmente o número de instituições que procuram ofertar cursos nessa modalidade. Além disso, tem aumentado expressivamente o fomento à produção de artigos, publicações, assim como de criação de novas tecnologias sobre EaD. De acordo com o anuário brasileiro estatístico de educação aberta e a distância (ABRAEAD, 2008), mais de 2,5 milhões estudaram nos cursos na modalidade a distância, em 2007. Segundo a pesquisa, a partir desse levantamento, foi possível observar que está havendo um crescimento substancial nessa modalidade.
Contudo, apesar da explosão desse crescimento, o processo de concepção de projetos e de práticas educativas, por vezes, ainda não têm conseguido abarcar as especificidades da proposta educativa em EaD, como afirma Silva “apesar do potencial de mudanças das novas tecnologias (...) o paradigma da educação tradicional tem ponderado em um grande número de experiências, com o simples encapsulamento de conteúdo instrucional em mídias eletrônicas”. (SILVA apud BLIKSTEIN & ZUFFO, 2006, p. 14)
Ressalta-se que, os avanços e retrocessos no processo de aprendizagem na educação a distância devem ser abarcados por uma bagagem teórica consistente, que forneça respaldos para uma pedagogia que abranja todas as necessidades de uma modalidade que, a despeito de suas características próprias, assim como outras modalidades que se dedicam à educação, também possui o processo de aprendizagem como escopo. Na minha experiência profissional como pedagoga responsável pelo acompanhamento do trabalho dos professores tutores no ambiente virtual de aprendizagem de uma universidade privada de Belo Horizonte, pude observar que mesmo entre aqueles que lecionam na EaD, há representações negativas da educação a distância (tive oportunidades diversas de dialogar com