Psicopatologia
Segundo Paim (1993), o termo psicopatologia é de origem grega – psycké, que significa alma, somando-se com o termo patologia, que significa morbidade ou doença. Quando estudamos psicopatologia, devemos levar em conta que o fundamento real da investigação é a vida psíquica. É o estudo descritivo dos fenômenos psíquicos anormais, exatamente como se apresentam à experiência atual. Para Jaspers (1979 apud BALLONE, 2004), a psicopatologia é apontada como uma ciência pura que se volta especialmente para o conhecimento. Ela estuda a vida psíquica em seu estado anormal. Em sua concepção, a função de psicopatologia é ordenar, esclarecer. Segundo o autor a base real da investigação é a vida psíquica, que é representada pelos comportamentos compreensíveis e verbais. O impulso geral para a realidade é em psicopatologia o impulso para a vida psíquica real, que é tão compreensível como os objetos científicos naturais perceptíveis pelos sentidos, sem a capacidade de captar intuitivamente os fenômenos patológicos que existem realmente no enfermo e sem a capacidade de imaginar o psicológico em sua plenitude, não há como fazer psicopatologia, (JASPERS, 1979 apud BALLONE, 2004). O psicopatologista, de acordo com o autor concentra a sua atenção naquilo que constitui a experiência vivida pelos enfermos.
2.1 Critérios de Normalidade Segundo Delgalarrondo (2010), há vários critérios de normalidade e anormalidade em psicopatologia. A adoção de um ou outro depende, entre outras coisas, de opções filosóficas, ideológicas e pragmáticas do profissional.
De acordo com este autor, os principais critérios de normalidade utilizados em psicopatologia são:
2.1.1. Normalidade como ausência de doença - O primeiro critério utilizado é o de saúde como "ausência de sintomas, de sinais ou de doenças". Normal para a psicopatologia seria aquele indivíduo que não é portador de um transtorno mental definido. Tal critério é bastante desprovido,