psicologia
O livro Psicologia uma (nova) introdução, de autoria de Luíz Claudio M. Figueiredo e Pedro Luiz Ribeiro de Santi, apresenta resumidamente uma visão panorâmica e crítica da psicologia contemporânea. Um histórico referencial da psicologia como ciência independente, abrange a suspeita de que a liberdade e a singularidade dos indivíduos são ilusórias, que emerge com o declínio das crenças liberais românticas, abre espaço para os projetos de previsão e controle científicos do comportamento individual.
Para os autores para que haja um interesse em conhecer cientificamente o “psicológico” são necessárias duas condições fundamentais: Uma experiência muito clara da subjetividade privatizada; e a experiência da crise dessa subjetividade. Chamaram de experiência da subjetividade privatizada: a percepção de que somos livres, diferentes, capazes de experimentar sentimentos, terem desejos e pensar independentemente dos demais membros, da sociedade. Associada a esta percepção aparece à sensação de que não somos tão livres e diferentes quanto pensávamos tudo não passa de uma ilusão.
Para entender tais objetivos os autores, trazem a luz da reflexão, que essa experiência de sermos sujeitos capazes de decisões, sentimentos e emoções privados, só ocorre em situações de crise social. Quando algo, como uma tradição, crença e costumes são contestados, se percebe novas formas de vida. No entanto, o homem se vê responsável por suas escolhas e decisões, nas quais não consegue apoio da sociedade, transformando-se mais solitários, rodeados por suas ideias, por que suas opiniões, anseios e sentimentos não condizem com a maioria, coisificação em massa. Sua concepção de certo e errado, numa sociedade em crise, nem sempre é compatível.
As perdas de referencias coletivas obrigam o homem a construir referências internas. Surgindo assim um espaço para a subjetividade privatizada, os questionamentos se formam ao derredor, quem sou eu, como me