psicologia
O homem não nasce humano, sendo a humanidade uma conquista que muito deve ao ambiente social em que se desenvolve. De facto, as experiências vividas no início de vida são cruciais para o desenvolvimento da mente humana, quer sob o ponto de vista cognitivo, quer emocional e de relação com os outros.
DÍADE
A primeira relação que a criança estabelece quando nasce é de natureza didáctica, e o optimismo ou as reservas com que parte para as outras relações dependem do clima emocional gerado no contacto inicial com a mãe. O filho e a mãe constituem uma díade, ou seja, são dois indivíduos em forte interacção um com o outro. O conceito psicológico de mãe é de dimensões alargadas, estendendo-se a qualquer adulto significativo que disponha de tempo e afecto para proteger, amar e entender o recém-nascido.
Com o corte do cordão umbilical termina uma ligação física muito íntima em relação à mãe e começa e desenvolver-se uma ligação emocional e afectiva cuja qualidade terá forte impacto na adaptação à realidade, sobretudo no plano do relacionamento interpessoal. A mãe é, nos primeiros tempos de vida, o elemento central do universo social e afectivo da criança e aquele com o qual, habitualmente, estabelece uma vinculação bastante forte. A relação mãe-bebé (ou entre uma figura materna e o recém-nascido) é a primeira forma de socialização e tem consequências duráveis e importantes do ponto de vista social e emocional. A vinculação é o laço afectivo especial que se desenvolve entre o bebé e a pessoa que dele cuida (normalmente a mãe é a primeira pessoa a cuidar do bebé) e que lhe dá segurança emocional e conforto. O laço diádico não se refere exclusivamente à ligação mãe-filho, mas sim à interação estabelecida entre pais e filhos. Na verdade, hoje em dia, dá-se, com frequência, a partilha de funções por parte de ambos (pai e mãe) tanto em termos relacionais, bem como emocionais, ao contrário de outrora, quando as funções eram