Psicologia - Estágios da Criança
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Piaget considera então que o adolescente neste estágio já é capaz de ter este tipo de raciocínio formal. Vemos também que na fase de operações formais os adolescentes já são capazes de testar sistematicamente hipóteses, como no problema de flexibilidade em que deve descobrir qual o fator que é relevante para fazer uma vareta tocar a água, havendo varetas de dois comprimentos, de vários feitios do corte transversal, de vários materiais, e sobre as quais se podem colocar vários pesos diferentes. O adolescente já tem o tipo de pensamento necessário ao experimentador científico: ele varia uma condição, por exemplo, o comprimento da vareta, mantendo todas as outras condições constantes, isto é, compara o que acontece quando usa uma vareta longa e uma curta, sendo ambas feitas do mesmo material, tendo a mesma forma, e com o mesmo peso colocado sobre elas. Se não encontrar diferença conclui que o fator comprimento seria irrelevante e passaria a manipular outra variável, sempre variando apenas um atributo de cada vez e mantendo os outros constantes, até solucionar o problema. Outro tipo de problema que só é solucionado com explicação corretamente verbalizada, na fase de operações formais, é o de conservação de volume. Nos trabalhos de Piaget supôs-se que crianças com menos de 4 anos de idade não possuem a noção de conservação de número, uma vez que as de 4 anos não a demonstram. Esta pesquisa, porém, sugere o perigo de se generalizar resultados para outros grupos de idade que não os testados (mesmo se se tratar de generalizar para grupos mais novos). Mostra também a complexidade das interações entre idade, motivação e instruções dadas aos sujeitos. O desenvolvimento da personalidade é governado pela sequência e tempo apropriado de aparecimento dos vários estágios referentes à sucessão:
a) De energia instintiva investida em diferentes zonas do corpo.
b) Das funções psicossociais de potencialidades para interação significante com o ambiente