Psicologia Escolar
É inegável o papel da Educação na constituição das pessoas e organização da sociedade, os diferentes aspectos da convivência social têm impacto sobre as pessoas. A desigualdade nas relações sociais, a violação dos direitos fundamentais, por exemplo, deixam marcas. A cada dia, pessoas decidem umas pelas outras e assumem em seu cotidiano de forma autoritária estilos de vida, e necessidades são forjadas, no âmbito de um processo invisível de contaminação ideológica. As marcas desta forma de vida se propagam como uma epidemia, reproduzindo um cenário de violência e opressão, injustiças e exploração das pessoas entre si nos mais diferentes contextos. É a forma de viver produzida sob a égide do capitalismo.
Crianças são excluídas ou rejeitadas em sua pobreza, sua forma de se vestir, seu espaço de morar ou viver, seu jeito de agir, falar ou mesmo sentir. A educação poderia ter o papel de romper este ciclo, se assumisse promover condições para uma transformação na ordem social vivendo em seu cotidiano a igualdade entre as pessoas, a convivência respeitosa, justa e a importância que cada um tem na formação de um coletivo. Viver o cotidiano da escola tem sido viver o desalento de um processo adaptativo e domesticador em relação ao mundo. Pouco se faz pelas possibilidades de transformação coletiva e individual, enfim, tem-se a visão de um imenso espaço onde as pessoas não aparecem como sujeitos e, portanto, não se pode transformar. No contato com as professoras, fica denunciada esta distância e a resistência à sua superação, com o depoimento de uma professora, detectou-se que ela não conhecia o universo extraclasse de seus alunos, preocupava-se, apenas em ser uma "boa professora". Isto mostra o quanto é penoso para o professor , sentir-se impotente diante de crianças com quem mantém um vínculo educativo e algumas vezes, afetivo.
A presença do psicólogo neste contexto pode ser considerada de duas formas: ou se posiciona