Psicologia Escolar: Um duplo Desafio
• Ser aceito na escola (sem ter seu papel limitado na busca da promoção do desenvolvimento infantil)
• Ser apoiado na organização de atividades preventivas que afetam o curso do desenvolvimento da criança (envolvendo o desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e físico e o enriquecimento da interação social da criança).
O psicólogo escolar luta pela compreensão social de sua função, que esbarra em dois desafios fundamentais:
• Sua inclusão na escola e sua participação, com o corpo docente, em programas de intervenção que pode permitir que, juntos, promovam o desenvolvimento infantil, de forma que Psicologia e Pedagogia se complementem, alcançando os objetivos desejados.
• Sua atuação preventiva, mais ampla, envolvendo a escola e a família, que precisam valorizar e compreender a necessidade de sua participação.
Segundo a análise dos dados da pesquisa do SAEB, a cultura da repetência, já inexistente em países avançados, mas permanente aqui, leva pais e professores a responsabilizarem o aluno pelas eventuais deficiências em seu aprendizado, o que, ao invés de contribuir para a melhoria do desempenho do aluno, acaba por desmotivá-lo, podendo levar até mesmo ao abandono escolar.
O psicólogo escolar tem sua especialidade ainda pouco difundida. Apenas em 1990, com a formalização da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE), houve possibilidade de fortalecimento desse campo de atuação no Brasil.
A atuação do psicólogo escolar era, marcadamente, remediativa e focalizada no indivíduo, enquanto a prática da Psicologia se apoiava na aplicação de testes.
Os problemas escolares como abandono, repetência, diferenças sociais, associados aos avanços da ciência, levaram o psicólogo a buscar um outro nível de contribuição eficaz. O modelo clínico passou a ser criticado na escola porque não questionava o sistema escolar.
Surgiu então a preocupação em valorizar o processo de aprendizagem, priorizando se uma