escolar
FACULDADE DE PSICOLOGIA
Betina Predebon
Daniela Lopes
Erica Macedo
PSICOLOGIA ESCOLAR
Porto Alegre, 2012
INTRODUÇÃO
A Psicologia escolar infelizmente vem sendo considerada como uma área secundária da Psicologia, vista como relativamente simples, não requerendo muito preparo, nem experiência profissional. Essa perspectiva que pode nos parecer equivocada e inadequada, talvez provenha do fato de que, historicamente, a área escolar tenha-se caracterizado como um desmembramento da área clínica, o que gerou a visão de uma Psicologia Escolar clínica.
Tendo em vista a ocorrência desta ideia, temos que compreender que nessa visão ocorre a vinculação com a área da saúde mental. Essa questão “saúde X doença” na escola se traduz como problemas de ajustamento e adaptação, o que consideramos uma visão conservadora e adaptativa. O papel do psicólogo escolar seria então daquele profissional que tem por função tratar “alunos problema” e devolvê-los à sala de aula “bem ajustados”.
PSICOLOGIA ESCOLAR - trajetória no Brasil
A psicologia escolar norte-americana, com trabalhos de Hall e a francesa, caracterizada pela intervenção psicológica, configuraram-se como as duas principais fontes de influências na área por todo o mundo, inclusive no Brasil.
Numa perspectiva histórica da Psicologia Escolar, enfatizava-se a tendência inicial da realização de diagnósticos classificatórios para encaminhamento. A atuação era marcadamente remediativa e focalizada no individuo, sendo assim, o psicólogo limitava-se ao cliente-aluno, privilegiando o enfoque psicométrico por meio da avaliação da prontidão escolar, da organização de classes para alunos considerados especiais, dos diagnósticos e dos encaminhamentos para serviços especializados, evitando interferir nas decisões docentes, como se o seu campo de estudo, pudesse estar alheio ao ambiente.
Os anos de 1970 se caracterizaram, no âmbito da educação, pela promulgação