Psicologia do Testemunho
O testemunho de uma pessoa sobre determinado acontecimento depende de cinco fatores: o modo como percebeu determinado acontecimento; modo como a sua memória o conservou; modo como é capaz de evocar; modo em que quer expressar e o modo como pode expressar.
A percepção é algo mais do que um conjunto de sensações elementares, ela é um experiência psíquica, onde se unem elementos intelectuais, afetivos e conativos, para formar um ato psíquico. Um fator importante para a precisão da percepção é o grau de fadiga psíquica em que se encontra o perceptor, pois as pessoas tem variações na capacidade de apreensão de estímulos, como por exemplo, na percepção geral de determinada situação os homens são mais capacitados do que as mulheres, mas estas percebem com mais exatidão os detalhes.
As percepções são diretas, mas podem ser inversas, como em certas circunstancias vemos as coisas como não queríamos que fossem. Se sua intensidade é muito forte, se constitui uma alucinação e se a intensidade é menos se considera uma ilusão. Podemos assim explicar os resultados totalmente diferentes na fidelidade do testemunho feitos sem advertência do individuo, quando comparados aos que foram previamente advertidos. No primeiro é a constelação é neutra, já no segundo é favorável. De modo geral o habito é o modo como completamos as percepções da realidade exterior, pois não percebemos sua realidade e sim sua caricatura subjetiva, assim se explica a dificuldade de uma testemunha quando o juiz – pouco certo do que perguntar - o interroga acerca da presença ou ausência de detalhes não essenciais para o o esquema de reconhecimento, lhe passam despercebidos. Podemos dizer que a nossa mente faz uma percepção de acordo com lembrança de como eram as coisas do que com o conhecimento de como é.
Os interrogatórios judiciais giram em torno de situações delituosas ou então de um núcleo emocional intenso, onde a amnésia emocional pode atingir as testemunhas. Os juízes