Psicologia do testemunho.
Para começo deste trabalho deixarei dito que não há uma totalidade exata no que é obtido das testemunhas, destarte existe meios aos quais podemos ter um panorama mais puro e fidedigno a respeito dos relatos proferidos por tais. Dito isso ruge ao nosso pensar duas perguntas percucientes, “Por que não há uma totalidade exata nos testemunhos?” “E como obter o máximo de exatidão?”.
2. O que sustenta os relatos testemunhais.
Elaborarei aqui um breve horizonte acerca da primeira pergunta. Por que não há uma totalidade exata nos testemunhos? Primeiro quando se trata de testemunhas estamos lidando com seres humanos e não com autômatos robóticos, óbvio, não? Bom, não é o que aparece no esperado das testemunha, na maioria dos ocorridos, nos tribunais. Há uma ilusão de que as testemunhas são como câmeras e relatarão com total exatidão e imparcialidade o que viram, mas é apenas ilusão. Os relatos testemunhais baseiam-se em três fatores, um tripé: percepção, memória e expressão, que fazem com que os relatos constantemente se distanciem da realidade.
2.1 Percepção.
A percepção é o significado que o córtex-cerebral dá a tudo aquilo captado pelo sistema sensorial, transformando tudo que os sentidos apura em informações.
Há diversos fatores que fazem com que a percepção seja deturpada e deformada, distanciando-a da realidade, entres esses fatores estão; a afetividade que relaciona a testemunha ao caso, que faz com que este seja transformado pela percepção da testemunha tanto voluntariamente, quanto involuntariamente; os automatismos mentais, ou seja, o hábito, que faz com que a testemunha deixe passar despercebido detalhes com os quais ela já está acostumada, detalhes estes que já não representam alvo da sua aguda atenção, exemplo disso é uma pessoa que você vê todos os dias e uma que você a viu somente uma vez, a possibilidade de você lembra do detalhes como a roupa que estava vestindo, a cara que estava, o humor que estava, é bem maior àquela pessoa que