Psicologia de Grupo e a Análise do Ego
Podem ser distinguidas então, dentro do domínio da psicologia individual, o contraste entre: atos mentais sociais - uma vez que quando são consideradas as relações humanas que se estabelecem (com pais, irmãos, amigos, pessoas em geral), tratar-se-ão de fenômenos sociais - e atos mentais narcisistas, que são processos nos quais a satisfação dos instintos é parcial ou totalmente retirada da influência de outras pessoas.
Nas relações que o ser humano cultiva em sua vida (relações sociais com os pais, irmãos, amigos, pessoa amada entre outras), o indivíduo sofre a influência de uma ou um número reduzido de pessoas, onde cada uma das quais terá uma importância significativa para ele. Na psicologia de grupo, o indivíduo sofre a influência de um grande número de pessoas simultaneamente, pessoas com quem estabeleça certo vínculo por algo e até mesmo, ser-lhe estranhas sob muitos aspectos. Há o interesse pelo indivíduo como parte de um todo, como membro de uma raça, nação, componente de uma multidão que tenha unido-se para a propósito de algum objetivo em comum. Os fenômenos surgidos dessa união estabelecida, facilmente podem ser encarados como expressões de um instinto especial, apenas manifestados nesse contexto – o instinto social. Mas, afirmar ser o fator numérico a causa do "despertar" de um novo instinto e atribuir-lhe desta maneira, uma importância tão grande não seria muito "digerível". É explorada então, duas outras possibilidades: que o instinto social não seja um instinto primitivo e que seja possível descobrir suas etapas