Psicologia Crítica
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS - INSTITUTO DE PSICOLOGIA
PSICOLOGIA SOCIAL II
Psicologia Crítica
INTRODUÇÃO No final do século XIX, iniciam-se os primeiros estudos sobre fenômenos Psicossociais segundo Rodrigues, A.; Assmar, E. e Jablonski, B. (2000). Para Lane, S. (1985a) Após a Primeira Guerra Mundial, em função da necessidade de reconstrução das sociedades, para que se pudesse produzir mais, surgiram estudos sobre liderança, preconceito, atitudes, comunicação, relações pessoais etc.
De acordo com Lane (1985b) Do início dos anos 50 até o final dos anos 60, a Psicologia Social tradicional ou clássica – sob uma perspectiva cognitiva-comportamental praticada, principalmente, nos EUA – chegava ao seu ápice e as temáticas estudadas continuavam sendo as mesmas.
A Psicologia Social clássica tentou compreender a relação indivíduo-sociedade, através da descrição dos comportamentos sociais como fatos dados, ou seja, não-históricos. A partir daí procurou entender o comportamento do indivíduo na sociedade, fundamentalmente, através de causas internas no indivíduo. Desse modo, uma forte crítica feita à Psicologia Social norte-americana é a de que, apesar de reconhecer a mútua influência entre indivíduo e sociedade, acaba por construir uma separação entre estes dois fenómenos, ao buscar as determinações de comportamento do indivíduo “dentro” dele.
O objeto da Psicologia Social tradicional é a interação humana, que não é vista como processo histórico por esta abordagem. Dessa maneira, este objeto reflete uma noção estreita do social, sem levar em conta o conjunto das produções humanas que constroem a realidade social.
No final dos anos 60, os estudos da Psicologia Social, desenvolvida basicamente nos EUA, não respondem mais aos graves problemas sociais de violência, injustiça social, preconceito, individualismo, miséria etc. que acompanham a realidade de outros países. Assim, cai por terra a vontade dos