Psicologia como ciência

Com base no livro “Psicologia Uma (Nova) Introdução” de Luís Claudio M. Figueiredo e Pedro Luiz Ribeiro de Santi, analise e responda: De que modo é possível pensar na Psicologia como ciência? Justifique sua resposta a partir do modo como o projeto de Psicologia contemporânea foi constituído através de suas diferentes correntes. Para uma área conseguir afirmar-se como ciência é preciso que ela prove ter um objeto de estudo que possa ser observado diretamente e através do método científico realizar experiências controladas as quais confirmem ou neguem as diversas teorias a serem propostas. Que explique (de preferência em linguagem matemática), controle, reproduza e faça previsões sobre seus fenômenos. A Psicologia além de não ser um campo fechado em um único aspecto e com isso não ter um objeto de estudo que abranja todos eles, não conta com um modo positivista de permitir e validar todas as suas possíveis (ou não) experiências. Segundo Kant “a matemática não é aplicável aos fenômenos do sentido interno e suas leis, pois teria que se levar em conta em tal caso unicamente a lei de continuidade no fluxo das mudanças em tal sentido interno”. E na mesma oposição ao teor científico da Psicologia, Comte questiona “O indivíduo pensante não poderia dividir-se em dois, um raciocinando enquanto o outro o visse raciocinar. O órgão observado e o órgão observador sendo neste caso, idênticos, como poderia ter lugar a observação?”. Num mundo que valoriza a objetividade do conhecimento há uma preocupação muito grande em garantir caráter científico ao que se estuda, fazendo com que tentemos ao máximo adequar a forma de desenvolver pesquisas à racionalidade científica. Um dos maiores problemas da Psicologia é justamente ser considerada como ciência independente. Se levarmos em conta o termo “ciência” como produção de conhecimento organizado com uma finalidade definida, a Psicologia é uma. Ela tem seu objeto próprio (para cada corrente), que difere totalmente dos objetos das ciências