Efeitos ambientais do uso indiscriminado de agrotóxicos
As grandes preocupações ambientais do uso de agrotóxicos na agricultura atualmente são a entoxicação e mutação gênica em animais, e a contaminação do sistema hidrológico devido a maciça quantidade de resíduos tóxicos provenientes das grandes lavouras. Esses resíduos tóxicos solúveis são transportados devido lixiviações em solos com uso de agrotóxicos até atingirem (poluírem) rios, lençóis freáticos, mares, oceanos e lagos.
As plantas que recebem adubo orgânico atingem um equilíbrio nutricional que proporciona um sistema imunológico mais saudável e menos propenso à pragas e doenças. Porém, por comodidade e motivos econômicos, o uso de fertilizantes solúveis é a preferência. Pelo fato de serem solúveis é comum ocorrer a falta ou excesso de nitrogênio e potássio na planta, o que leva ao acúmulo de aminoácidos nas folhas, e as torna mais suscetíveis a pragas e pestes. Sendo assim, o uso de agrotóxicos acaba sendo imprescindível nesses casos de fertilização química.
Agrotóxicos e adubos químicos no meio ambiente
Segundo o professor Dr. Hasime Tokeshi “50 a 80% dos agrotóxicos derivam para solo ou caminham na atmosfera por quilômetros. E com as chuvas e enxurradas os produtos vão contaminar os rios e lagos”. Esses resíduos fertilizam microorganismos primários da cadeia trófica que habitam tais lagos e rios, como zooplâncton e fitoplâncton. Assim ocorre um desequilíbrio na biodiversidade local e a concentração de resíduos tóxicos letais repercute através da magnificação trófica de forma prejudicial nos grandes animais da cadeia alimentar.
Efeitos bioacumulativos dos agrotóxicos em animais
Dentre os agrotóxicos organoclorados (possuem cloro na sua composição), o DDT ainda é amplamente usado no Brasil, apesar de já ser proibido em diversos países. Esse tipo de agrotóxico é um dos principais componentes encontrados nos tecidos animais devido a bioacumulação (Charlier e Plomteux, 1999) , e é