Psicologia Ambiental IDOSO
Out-Dez 2008, Vol. 24 n. 4, pp. 441-449
O Lugar do Afeto, o Afeto pelo Lugar: O que Dizem os Idosos?1
Danielle Macedo
Carolina Vilela Oliveira
Isolda de Araújo Günther2
Universidade de Brasília
Susana Martins Alves
OPENspace Research Centre,
Edinburg College of Art, UK
Thaís Santos Nóbrega
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
RESUMO - Este estudo investigou os lugares favoritos, os lugares evitados e os afetos a eles relacionados como exemplos de estratégias de regulação das emoções. Um total de 340 participantes (169 homens e 171 mulheres), com idades entre 60 e
90 anos, residentes em Brasília e Natal, responderam individualmente a uma entrevista semi-estruturada, indicando os lugares favoritos quando se sentem alegres e quando não se sentem alegres, os lugares evitados e as razões para tais escolhas. Os resultados apontam preferência por ambientes facilitadores de interação social quando se sentem alegres e, em seguida, a sua própria casa. Essas preferências se invertem, quando não se sentem alegres, sendo indicado também que lugares agitados e cheios de estimulação são evitados. Foram encontradas mais similaridades do que diferenças quanto ao local de residência e poucas diferenças quanto ao gênero. Os resultados são discutidos em termos da perspectiva do curso de vida, bem como da influência recíproca pessoa versus ambiente.
Palavras-chave: lugar e auto-regulação emocional; idosos; psicologia do desenvolvimento; psicologia ambiental.
The Place of Affect, the Affect for the Place: What do the Elderly Say?
ABSTRACT - This study investigated the favorite and the avoided places, as well as the affects related to them as examples of environmental strategies of emotional regulation. A total of 340 participants (169 male and 171 female), between 60 to 90 years old, living in two Brazilian capitals, Brasília and Natal, responded individually to a semi-structured interview about their favorite places when they are happy and