Resiliencia nos idosos.
A velhice é freqüentemente descrita como um período caracterizado por múltiplas perdas que ocorrem simultânea ou sucessivamente no decorrer de um curto período de tempo. Eventos negativos como a morte do cônjuge e de amigos, declínio da saúde e da funcionalidade física, perda de status social e prestígio e, às vezes, inseguranças econômicas, além da proximidade crescente da morte, tornam-se predominantes na velhice avançada. De fato, alguns eventos raros ou que não consideramos normais nas fases anteriores, como por exemplo, doenças, tornam-se relativamente normativos na velhice (LARANJEIRA 2007).
As pesquisas da Organização Mundial da Saúde revelam que, no ano de 2025, o Brasil será o sexto país com o maior número de pessoas com idade acima de 60 anos. Desse modo, a pirâmide etária será ocupada por 14% dessa população. Contudo, pode-se afirmar que a ciência conseguiu aumentar a duração média de vida, mas o que ela não esclareceu, é como viver esse suplemento de vida. Pois, mais tempo para viver não é, necessariamente, melhor tempo para viver (COELHO FILHO, 1999).
Em concordância com Freitas (2010), nessa perspectiva, o envelhecimento da população idosa ao longo do tempo, acarretou mudanças do perfil social, físico e psicológico, demandando estratégias e estruturas que contemplem a atenção e o cuidado dos idosos, fatores protetores, tais como: a preservação dos seus direitos como cidadão, a disponibilidade de recursos públicos à sua saúde e a seguridade social, o direito ao lazer, e a implantação de políticas públicas de saúde voltadas aos aspectos paliativos, preventivos e curativos.
Contudo, apesar dessa mudança, com o processo de envelhecimento torna-se necessário o aumento na capacidade de Resiliência na velhice para manter o comportamento de adaptação dos idosos, pois se pode afirmar que é maior a probabilidade de ocorrerem eventos desagradáveis relacionados à saúde física, ao bem-estar, e também relacionado à vida de entes